domingo, 14 de março de 2010


O relógio derramou horas...

tantas horas que passaram-se dias

e meses...

sem que eu me desse conta.

Também não me dei conta da ausência

que me faz certas coisas.

Pensei que já estivesse curada desse mal...

ou desse bem...

As fisionomias se tornam distantes com o tempo.

Os rostos se apagam como fotografias velhas.

Mas ainda que as horas se derramem,

que os dias passem e que os rostos sumam na poeira do tempo,

a presença fica.

A doce companhia,

ainda que como um fantasma de um infante

como um ser inanimado

como um espectro de saudade...

fica!

Fica no peito a lembrança da doce companhia,

e o coração feliz que bate,

esperando sua volta.


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